quarta-feira, 30 de novembro de 2011

A inclusão escolar e suas controvérsias


imagem: blogs.browardpalmbeach.com

Neste post vamos abordar o artigo Inclusão social/escolar de pessoas com necessidades especiais: múltiplas perspectivas e controversas práticas discursivas das autoras  Ticiana Melo de Sá Roriz; Katia de Souza Amorim; Maria Clotilde Rossetti-Ferreira, da Universidade de São Paulo. 

No texto, podemos compreender que as autoras abordaram diferentes problemáticas sobre a inclusão social no que diz respeito à diversidade e a garantia ao direito, à participação social de cada pessoa, a despeito de suas características (de gênero, étnicas, socioeconômicas, religiosas, físicas e psicológicas). Essas problemáticas têm sido discutidas cada vez mais em nosso país e com maior relevância, pois através de análises de revisão bibliográfica para compreender como os temas da “inclusão social” e “inclusão escolar” são abordados na literatura, e também qual o lugar dos profissionais de saúde no processo de inclusão de pessoas com necessidades especiais.

Através destas análises das autoras constatou-se diversos significados circulantes sobre inclusão, os quais marcam a prática do processo de inclusão social e escolar. Esses significados mostram-se claramente em construção e, simultaneamente, contribuindo para constituir todo um novo olhar aos processos de inclusão marcados mesmo pela Resolução da ONU (1990) e pela Declaração de Salamanca (ONU, 1994). Verificou-se também que as contradições extrapolam os limites da escola e atingem outros campos da vida social. Dentro de cada um deles, os trabalhos revelam que a cultura emerge como tendo um papel central, cultura essa entendida como práticas discursivas da comunidade onde crianças e famílias estão inseridas.

Por fim, este artigo identificou muitos conceitos que não são entendidos de maneira homogênea pelos que participam  e influenciam o processo, isso significa que a situação se torna mais diversa ainda como: “o que vem a ser deficiência?”, “qual a função da educação para deficientes?”, “eles precisam de um tratamento especializado?”, “eles podem opinar no que é traçado como ideal para eles?”, dentre outros. Já em relação aos profissionais da saúde as autoras verificaram que ocupam um lugar destacado nos processos de inclusão social, mas que ainda é recente a investigação direta da sua ligação com essas práticas.


Por Daniele Siqueira


Referências:



RORIZ, Ticiana Melo de Sá, AMORIM, Katia de Souza e ROSSETTI-FERREIRA, Maria Clotilde. Inclusão social/escolar de pessoas com necessidades especiais: múltiplas perspectivas e controversas práticas discursivas. Psicol. USP, Set 2005, vol.16, no.3, p.167-194. ISSN 1678-5177




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