quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Necessidades especiais e capacitação de professores



imagem: stocktonteachers org

Vamos falar e refletir um pouco sobre o artigo A inclusão de alunos com necessidades educativas especiais e os impasses frente à capacitação dos profissionais da educação básica: um estudode caso das autoras: Roberta Kafrouni e Miriam Aparecida Graciano de Souza Pan.

Este artigo é resultado de um pesquisa realizada em escolas públicas da cidade de Curitiba, cujo objetivo foi compreender as principais necessidades dos profissionais da educação básica em relação à inclusão de alunos com necessidades especiais na rede regular de ensino, prevista na nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

Os resultados desta pesquisa indicaram que a maior parte das escolas investigadas, não têm um projeto de inclusão, o que acarreta dificuldades na atuação de seus profissionais e consequentemente impõe barreiras na aprendizagem dos alunos com necessidades especiais, dificuldades estas como rigidez curricular, metodológica e avaliativa, bem como falta de esclarecimento sobre as necessidades educativas especiais.

Constatou-se que a concepção de aluno vigente na escola tende à homogeneização, ou seja, estabelecer um modelo de aluno padrão, o que é incompatível com a inclusão. Assim, ainda é creditada ao aluno com necessidades especiais a responsabilidade por seu aprendizado nas classes regulares de ensino. Pôde-se concluir que a implementação da inclusão requer o preparo das escolas e dos profissionais da educação para esta nova realidade.

Nestas circunstâncias constatou-se a necessidade de o Estado comprometer-se com a inclusão, pois cabe ao poder público oferecer as condições que permitam a instrumentalização das escolas e a formação adequada e mínima dos profissionais da educação.

Por Gabriela Almeida Godoi

Referências:

Kafrouni, R. & Pan, M. (1999). A inclusão de alunos  com necessidades educativas especiais e os impasses frente à capacitação dos profissionais da Educação Básica: um estudo de caso. 

Desafio e êxito de Anne Sullivan









“Que as necessidades do corpo dela sejam os meios de fazer com que aprenda”. A partir dessa premissa a professora Anne Sullivan encara a árdua e difícil tarefa de ensinar uma garota, Helen Keller , de 7 anos de idade, cega e surda, a se comunicar com o mundo. Essa é a história real retratada no filme O Milagre de Anne Sullivan.

O filme foi produzido no início da década de 60 e é contextualizado no final do século XIX, no Alabama – EUA. Seu diretor, Arthur Penn, consegue empregar um caráter brilhante e ao mesmo tempo angustiante a todo o enredo, que contou com a incrível performance das protagonistas Anne Bancroft e Patty Duke, nos papeis respectivamente de Anne Sullivan e Helen Keller. Interpretações incríveis que cederam um Oscar para cada uma.  O roteiro foi baseado da peça de William Gibson, inspirada na autobiografia que Helen publicou aos 22 anos.

Helen nasceu perfeita e aos 19 meses de idade contraiu uma doença que a deixou com cegueira e surdez. Na época foi diagnosticada como febre cerebral, hoje se presume que ela teve escarlatina ou meningite. A primeira cena do filme retrata o desespero da mãe de Helen, Kate Keller (Inga Swenson) ao perceber que a filha não responde aos seus movimentos e sons.  Com o passar dos anos, os transtornos e dificuldades com a situação da garota levam seu pai, Arthur Keller (Victor Jory) a cogitar mandá-la para um orfanato. Porém, por intervenção da esposa, Arthur solicita a vinda de uma professora de um instituto especializado e é dessa maneira que Anne Sullivan entra na vida de Helen.  

Anne se identifica de imediato com o drama da garota, em algumas cenas o telespectador é transportado para a infância da professora que também teve cegueira quando criança. Interessante ressaltar a fotografia dessas cenas visto que nos remetem à visão embaçada de Anne da época, lembranças turvas de uma infância triste e de desprezo.

O roteiro todo se baseia em cenas do cotidiano de Helen e suas posturas nas mais diversas situações. Quanto à abordagem de Anne, percebe-se um aspecto condicionante em sua pedagogia ao recompensar Helen por cada palavra que ela consegue sinalizar com a mão, ao controlar o espaço e até a comida da garota. A seguinte fala de Anne retrata bem essa metodologia: “Quero cuidar dela dia e noite. É necessário que ela dependa totalmente de mim... A comida que come, as roupas que veste, o ar que respira. (...). A professora dela e não um parente deve controlar isso.”

A cena mais forte, exaustiva e até um tanto violenta, se passa num jantar da família no qual Helen percorre a mesa se servindo dos pratos dos presentes e comendo a comida com as mãos, sem nenhuma restrição e com a conivência geral de todos. Anne se recusa a permitir essa postura, solicita que todos se retirem e se tranca com Helen na sala de jantar. A partir desse momento é travada uma “batalha” exaustiva entre as duas, Anne, através de um tremendo esforço físico, tenta forçar Helen a sentar à mesa e a comer com uma colher e esta resiste até suas forças esgotarem.

Essa abordagem comportamentalista é muito característica do contexto educacional norte americano e não deixa de ser uma estratégia repugnante para as linhas mais avançadas da pedagogia contemporânea, entretanto, é impossível desconsiderar o referido contexto histórico do drama, como também, o contexto familiar problemático de Helen. 

Um dos aspectos que o diretor Arthur Penn conseguiu transmitir com fidelidade refere-se ao fato de que muito mais do que uma ausência de regras de comportamento, a vida de Helen é abordada com um descaso inconsciente pela família, que sem a mínima noção de como educá-la cedem a todos os seus desejos e caprichos para não vê-la “sofrer”. Como afirma a personagem Anne em uma de suas falas no filme: “Eu não acredito que o pior problema de Helen seja a surdez ou a cegueira. Eu acredito que seja o amor e a piedade de vocês. Vocês têm tanta pena dela que a criaram como uma mascote.”

Apesar dos métodos nada avançados, é importante ressaltar o profundo amor que Anne sente por Helen. A professora se importa realmente com o aprendizado da aluna, sua intenção não se limita a fazer com que Helen simplesmente decore sinais, mas que consiga estabelecer uma comunicação verdadeira com o mundo e com as pessoas que a cercam, que ela tenha a necessidade de interagir e ter curiosidade para apreender o que não consegue captar pelos olhos e ouvidos. E é apoiada nessa intenção, nesse amor, que Anne Sullivan consegue seu “milagre”, Helen desperta para o mundo e para as possibilidades de interação com ele.

Apesar de não ser retratado no filme, o elo entre professora e aluna perdura por 49 anos. Anne acompanhou Helen até sua morte. Helen tornou-se escritora, conferencista e ativista política, junto com Anne, fundou instituições em prol dos cegos e é lembrada no mundo inteiro como defensora dos portadores de deficiência.

O Milagre de Anne Sullivan, não é só uma incrível história real de superação, é um filme que além de nos emocionar, nos provoca, nos inquieta para a reflexão da difícil tarefa da educação especial, como também, para o poder de transformação que um educador tem na vida de um educando.

Por Danielle Morais Feitosa

Referências:

O MILAGRE DE ANNE SULIVAN. Título original: The Miracle Worker. Direção: Arthur Penn. Produção: Fred Coe. Elenco: Anne Bancroft, Patty Duke, Victor Jory, Inga Swenson, Andrew Prine e outros. Roteiro: baseado em peça teatral de William Gibson. EUA: Playfilm Productions, 1962. DVD (107 min), son, peb.



A inclusão escolar e suas controvérsias


imagem: blogs.browardpalmbeach.com

Neste post vamos abordar o artigo Inclusão social/escolar de pessoas com necessidades especiais: múltiplas perspectivas e controversas práticas discursivas das autoras  Ticiana Melo de Sá Roriz; Katia de Souza Amorim; Maria Clotilde Rossetti-Ferreira, da Universidade de São Paulo. 

No texto, podemos compreender que as autoras abordaram diferentes problemáticas sobre a inclusão social no que diz respeito à diversidade e a garantia ao direito, à participação social de cada pessoa, a despeito de suas características (de gênero, étnicas, socioeconômicas, religiosas, físicas e psicológicas). Essas problemáticas têm sido discutidas cada vez mais em nosso país e com maior relevância, pois através de análises de revisão bibliográfica para compreender como os temas da “inclusão social” e “inclusão escolar” são abordados na literatura, e também qual o lugar dos profissionais de saúde no processo de inclusão de pessoas com necessidades especiais.

Através destas análises das autoras constatou-se diversos significados circulantes sobre inclusão, os quais marcam a prática do processo de inclusão social e escolar. Esses significados mostram-se claramente em construção e, simultaneamente, contribuindo para constituir todo um novo olhar aos processos de inclusão marcados mesmo pela Resolução da ONU (1990) e pela Declaração de Salamanca (ONU, 1994). Verificou-se também que as contradições extrapolam os limites da escola e atingem outros campos da vida social. Dentro de cada um deles, os trabalhos revelam que a cultura emerge como tendo um papel central, cultura essa entendida como práticas discursivas da comunidade onde crianças e famílias estão inseridas.

Por fim, este artigo identificou muitos conceitos que não são entendidos de maneira homogênea pelos que participam  e influenciam o processo, isso significa que a situação se torna mais diversa ainda como: “o que vem a ser deficiência?”, “qual a função da educação para deficientes?”, “eles precisam de um tratamento especializado?”, “eles podem opinar no que é traçado como ideal para eles?”, dentre outros. Já em relação aos profissionais da saúde as autoras verificaram que ocupam um lugar destacado nos processos de inclusão social, mas que ainda é recente a investigação direta da sua ligação com essas práticas.


Por Daniele Siqueira


Referências:



RORIZ, Ticiana Melo de Sá, AMORIM, Katia de Souza e ROSSETTI-FERREIRA, Maria Clotilde. Inclusão social/escolar de pessoas com necessidades especiais: múltiplas perspectivas e controversas práticas discursivas. Psicol. USP, Set 2005, vol.16, no.3, p.167-194. ISSN 1678-5177




Todos os Verbos do Mundo

A cantora Zelia Duncan também adere a nossa causa... Num show ao vivo ela cantou "Todos os Verbos do Mundo " em LIBRAS.  Vamos conferir!




TODOS OS VERBOS DO MUNDO
Zélia Duncan

Errar é útil
Sofrer é chato
Chorar é triste
Sorrir é rápido
Não ver é fácil
Trair é tátil
Olhar é móvel
Falar é mágico
Calar é tático
Desfazer é árduo
Esperar é sábio
Refazer é ótimo
Amar é profundo
E nele sempre cabem de vez
Todos os verbos do mundo
Abraçar é quente
Beijar é chama
Pensar é ser humano
Fantasiar também
Nascer é dar partida
Viver é ser alguém
Saudade é despedida
Morrer um dia vem
Mas amar é profundo
E nele sempre cabem de vez
Todos os verbos do mundo

Matemática e Educação Inclusiva



imagem: guardian.co.uk



Hoje vamos falar um pouco sobre o Artigo “A formação docente e os saberes necessários para o ensino-aprendizagem da matemática na perspectiva da educação inclusiva” escrito por PAIXÃO, Natalina do Socorro S. M. orientado pelo professor orientador GONÇALVES, Tadeu Oliver.

O artigo nos traz que a sociedade atual vive em constante mudança, sendo estas acompanhadas na área da educação para o desenvolvimento de um cidadão mais ético, reflexivo e autônomo, mas existem inúmeros alunos que se encontram excluídos destas mudanças e inovações que acontecem no mundo. Neste contexto encontramos professores que não sabem quais atitudes tomar para a inclusão deste aluno ou ainda outros professores que não querem mudar e recusam-se a estudar para mudar este quadro, para professores que estão passando pela formação inicial as disciplinas específicas são oferecidas no início do curso sendo as disciplinas pedagógicas oferecidas no final do curso, de modo que deixa as práticas pedagógicas como algo dispensável e que o professor é apenas um reprodutor de conhecimento. O professor também não pode sentir como se fosse todo o detentor de conhecimento, pois tem que ensinar que todo o conhecimento é passível de erro. O conhecimento está relacionado com a afetividade, pois o raciocínio pode ser diminuído ou até dizimado pelo déficit de emoção. 

A educação durante séculos sofreu pela padronização do aluno como se todos fossem semelhantes, mas a realidade é uma grande diversidade de alunos e cada um com as suas especificidades, e o professor com esta grande variedade de alunos não está preparado para fazer com que este consiga construir o seu saber, se agravando com alunos com necessidades especiais.

O artigo ainda aborda que a língua de sinais é um dos principais fatores que contribuem para um melhor aprendizado tanto dos alunos surdo quanto para uma melhor comunicação entre o corpo docente, pois com a língua de sinais é quebrado um entrave na comunicação, mas o professor saber língua de sinais não é o bastante para garantir que o aluno surdo consiga aprender, pois o que é necessário é a presença de um intérprete para a interpretação simultânea. Outro fator determinante para a defasagem nos métodos de ensino para os alunos, e em especial ao aluno surdo, é a zona de acomodação em que se encontram estes professores, pois os mesmos encontram-se desmotivados e desinteressados por novos saberes e com isto não procuram estudar para conseguir uma melhor didática e atingir todos os alunos com o pleno desenvolvimento.

O ensino tem que ser para todos e não discriminar qualquer que seja a diferença entre as pessoas, o ensino tem que formar pessoas para um mundo mais solidário e de paz em harmonia com o ambiente, mas este ensino não está com o foco nas diferenças e nem nos alunos surdos, o foco ainda está nos ouvintes.



Por Gabriela Almeida de Godoi

Grupos e Inclusão Escolar





Grupos e inclusão escolar: Sobre laços, amarras e nós, de Solange Aparecida Emílio, é um livro interessante e extremamente importante para se pensar na prática pedagógica com relação à inclusão. Este livro foi uma tese acadêmica, defendida no Instituto de Psicologia de Universidade de São Paulo no final de 2004.


A autora, ao revelar o “cotidiano escolar pelo avesso, sobre laços, amarras e nós”, estimula o leitor a rever pensamentos e atitudes que estão relacionados ao processo inclusão/exclusão, trazendo para a  escola e seus componentes um momento de análise para esta revisão.


É necessário discutir continuamente o papel da Educação em um mundo tão excludente como este. Tudo muda rapidamente. A inclusão não pode ser apenas um modismo, não pode ser descartada quando se aparecer um novo rótulo. É isto o que Solange faz neste livro, tratando de questões de forte significado social: como proceder às mudanças estruturais necessárias para que a inclusão não seja apenas um desejo, mas uma prática efetiva de transformações.


O livro apresenta-se de forma política e poética, pois sensibiliza o leitor e “o faz acompanhar a autora por caminhos que possibilitam  reconhecimento de amarras, laços e nós, ordenados ao longo da vida.


Este livro pretende fazer com que o leitor possa questionar os modelos estabelecidos e ir além da questão legal em relação à inclusão escolar. Para isso, terá de se deparar com o que é feio, o que é oposto, o que não dá certo, o que se encontra silenciado nos textos e o que está sempre inacabado. Isso é fundamental para pensar e viabilizar a inclusão, que não está pronta nem se encerra em si mesma, mas faz parte do processo e se encontra viva, pulsando e em transformação.


As hipóteses apresentadas sobre educação e inclusão possibilitam a abordagem de questões sobre a diferença, pois, ao retomar historicamente o caminho da política educacional no Brasil e no mundo, a autora pontua  práticas excludentes, com diferentes intensidades, que sempre estiveram presentes no ambiente educacional e no mundo que os rodeia.


Este trabalho deve tornar-se material pedagógico, instrumento para a preparação de professores, coordenadores pedagógicos, diretores, psicólogos educacionais, pais e filhos, para formar cada vez mais pessoas cada vez mais humanas, obtendo assim  como diz a autora, um mundo melhor.


Por Renata Souza


Referências:

EMÍLIO, S. A. Grupos e inclusão escolar: sobre laços, amarras e nós. São Paulo: Paulus, 2008. 192 p.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

A identidade do sujeito surdo


 Imagem: http://www.taralye.vic.edu.au


Hoje nós vamos tecer algumas reflexões sobre o artigo Embates de línguas e embates identitários: a constituição identitária do sujeito surdo no entremeio de Márcia Aparecida Amador Mascia e Alcebíades Nascimento Silva Júnior, ambos da Universidade São Francisco.


O artigo nos traz as dificuldades que o sujeito surdo encontra para se conhecer, conhecer as pessoas, se comunicar e conhecer o Mundo em que vive. O relacionamento do sujeito surdo e do sujeito ouvinte com a linguagem, toma rumos diferentes quando ambos nascem em famílias ouvintes, pois para o ouvinte a aquisição da linguagem vem naturalmente e este vai constituindo o seu relacionamento com o mundo de acordo com que a sua linguagem é adquirida. Já para o sujeito surdo esta aquisição de linguagem é deficitária, pois os pais ouvintes normalmente não sabem  Libras e como a criança usa o espaço visual tanto para se comunicar como para entender ela terá a sua aquisição de linguagem e de mundo atrasada se não tiver contato com alguém fluente em Libras, pois em sua maioria o sujeito surdo deveria aprender a Libras e após a Língua Portuguesa tornando-se assim de mais fácil compreensão e entendimento para ele, afinal sua aprendizagem ocorre de forma diferente de um ouvinte.


Como explicitado no artigo, entende-se que o surdo ao adquirir e aprender a Libras é como se o mesmo estivesse renascendo, pois com a aquisição de uma linguagem ele consegue se expressar e entender o que acontece com outro e ao seu redor, conseguindo se comunicar. Através da Libras o sujeito surdo consegue aprender o português, não dominá-lo plenamente, mas ao longo de sua vida escolar e acadêmica este domínio tende a aumentar. Mas o sujeito surdo antes de aprender a Libras teve todo um percurso de desenvolvimento perante a língua da sua família e esta língua torna-se algo importante para a sua constituição como sujeito, pois é através dela que há a comunicação e ela já é parte deste sujeito e quando o mesmo aprende a Libras ele não execra o seu passado, ele soma seus conhecimentos para assim constituir-se como um ser em constante formação.


Com estas aquisições de linguagem o sujeito surdo vai construindo a sua identidade na intersecção da Libras e do português, pois com a Libras ele fez a sua descoberta do mundo e conseguiu dar significação a conceitos antes não entendidos e com o português ele conseguiu ampliar a sua comunicação chegando a lugares e pessoas antes inatingíveis e com isto o sujeito surdo se constitui no entremeio das línguas significando-se e identificando-se com ambas.


Referências
MASCIA, M. A. A.; SILVA JÚNIOR, A. N. Embates de línguas e embates identitários: a constituição identitária do sujeito surdo no entremeio. 2003-2006.


Por Gabriela Almeida de Godoi



VII SENABRAILLE


VII SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS BRAILLE (SENABRAILLE)
Data: 27 a 30 de novembro de 2011
Local: Centro de Convenções da UNICAMP, Campinas/SP
Informações aqui

Nick, um exemplo de superação






Tratamento de adaptação para crianças com deficiência visual


Joinville - AJIDEV- Tratamento de adaptação para crianças com deficiência visual
Fonte: you tube



Dicas de filmes sobre inclusão


Olá amigos! Este post está recheado de dicas de filmes. Todos fizeram parte do 2º Cineducando (Edição 2010), que teve como tema a inclusão. Na verdade são exemplos emocionantes de pessoas que, apesar das limitações físicas que tinham, não se limitaram a viver a vida com intensidade e perseverança. Vale a pena conferir e preparar a pipoca. Ah! E o lenço também.




Meu pé esquerdo



MEU PÉ ESQUERDO (My Left Foot) Irlanda, 1989, 103 min. Direção: Jim Sheridan. Roteiro: Shane Connaughton, Jim Sheridan. Fotorafia: Jack Conroy. Produção: Austen Spriggs. Edição: J. Patrick Duffner. Música: Elmer Bernstein. Elenco: Daniel Day-Lewis, Brenda Fricker, Fiona Shaw, Hugh O'Conor, Ray McAnally. Sinopse: Christy é um garoto irlandês que sofreu uma paralisia cerebral ao nascer. Ele aprende a se comunicar usando apenas seu pé esquerdo, revelando talento para a pintura e literatura. Oscar de Melhor Ator (Daniel Day-Lewis) e Melhor Atriz Coadjuvante (Brenda Fricker). Baseado no livro de Christy Brown.



O Homem elefante


O HOMEM ELEFANTE (The Elephant Man) EUA/Inglaterra, 1980, 124 min. Direção: David Lynch. Roteiro: Christopher De Vore, Eric Bergren, David Lynch. Fotorafia: Freddie Francis. Produção: Stuart Cornfeld, Jonathan Sanger, Mel Brooks. Edição: Anne V. Coates. Música: John Morris. Elenco: Anthony Hopkins, John Hurt, Anne Bancroft, John Gielgud, Wendy Hiller, Freddie Jones, Michael Elphick. Sinopse: John Merrick é um homem com uma deformidade física grave. Por conta disso, ele é explorado como atração circense, até que um médico o resgata e ele se revela extremamente inteligente e sensível. 8 indicações para o Oscar.




A cor do paraíso



A COR DO PARAÍSO (Rang-e khoda). Irã, 1999, 90 min. Direção: Majid Majidi. Roteiro: Majid Majidi. Fotorafia: Mohammad Davudi. Produção: Mehdi Karimi, Ali Ghaem Maghami, Mehdi Mahabadi, Mohsen Sarab. Edição: Hassan Hassandoost. Música: Alireza Kohandairy. Elenco: Hossein Mahjoub, Mohsen Ramezani, Salameh Feyzi, Farahnaz Safari, Elham Sharifi, Behzad Rafi. Sinopse: Menino cego que estuda numa escola especial volta para seu vilarejo nas montanhas para passar as férias e conviver com suas irmãs e avó, mas tabmém com seu pai amargurado que se prepara para casar novamente e o considera um transtorno.  





Filhos do silêncio


FILHOS DO SILÊNCIO (Children of a Lesser God). EUA, 1986, 119 min. Direção: Randa Haines. Roteiro: Mark Medoff, Hesper Anderson. Fotorafia: John Seale. Produção: Patrick J. Palmer, Burt Sugarman. Edição: Lisa Fruchtman. Música: Michael Convertino. Elenco: William Hurt, Marlee Matlin, Piper Laurie, Philip Bosco, Allison Gompf, John F. Cleary. Sinopse: John Leeds é um professor de deficientes auditivos que se envolve com uma moça surda, funcionária da instituição em que ele trabalha.  O romance passional que se estabelece rompe a barreira do silêncio que os separa. Oscar e Globo de Ouro de Melhor Atriz (Marlee Matlin).  







Do luto à luta


DO LUTO À LUTA. Brasil, 2005, 75 min. Direção:: Evaldo Mocarzel. Roteiro:: Evaldo Mocarzel. Fotografia: Carlos Ebert. Produção: Leila Bourdoukan. Edição: Marcelo Moraes. Sinopse: Documentário sobre a Síndrome de Down, problema genético que atinge cerca de 8 mil bebês a cada ano no Brasil. Os problemas e superações de pessoas e familiares que convivem com a síndrome, e a necessidade de superação dos estigmas sociais.  Prêmio Especial do Júri no Festival de Gramado; Melhor Documentário pelo Júri Popular no Festival do Rio.




Janela da Alma

JANELA DA ALMA Brasil, 2002, 73 min. Direção: João Jardim, Walter Carvalho Roteiro: Walter Carvalho, João Jardim. Fotorafia: Walter Carvalho Produção: Claudia Braga, Bia Castro, Isa Castro, João Jardim, Flávio R. Tambellini, Mayanna von Ledebur. Edição: Karen Harley, João Jardim. Música: José Miguel Wisnick. Elenco: Evgen Bavcar, Raimunda da Conceição Filha, Felipe, Gabriel, Arnaldo Godoy, Walter Lima Jr., Hermeto Paschoal, João Ubaldo Ribeiro, Oliver Sacks, Verônica de Jesus Santos, José Saramago, Hanna Schygulla, Marieta Severo, Agnès Varda, Wim Wenders. Sinopse: Pessoas com diferentes graus de deficiência visual fazem revelações sobre como se veêm e como percebem o mundo. Grande Prêmio Cinema Brasil de Melhor Documentário; Melhor Documentário no Festival do Rio.



O Milagre de Anne Sullivan

O MILAGRE DE ANNE SULLIVAN (The Miracle Worker) EUA, 1962, 106 min. Direção: Arthur Penn. Roteiro: William Gibson, Helen Keller. Fotorafia: Ernesto Caparrós. Produção: Fred Coe. Edição: Aram Avakian Música: Laurence Rosenthal. Elenco: Anne Bancroft, Patty Duke, Victor Jory, Inga Swenson, Andrew Prine, Kathleen Comegys. Sinopse: Anne Sullivan recebe a difícil missão de ensinar uma garota cega e surda a se comunicar com o mundo. Oscar de Melhor Atriz (Anne Bancroft) e Melhor Atriz Coadjuvante (Patty Duke). Baseado na peça de William Gibson.



Meu nome é Rádio

MEU NOME É RADIO (Radio), EUA, 2003, 109 min. Direção: Michael Tollin Roteiro: Mike Rich. Fotorafia: Don Burgess. Produção: Clay A. Griffith. Edição: Chris Lebenzon, Harvey Rosenstock. Música: James Horner. Elenco: Cuba Gooding Jr., Ed Harris, Chris Mulkey, Debra Winger. Sinopse: Técnico de um time de futebol americano se torna amigo de um jovem negro com deficiência mental que sempre sofreu o preconceito da sociedade.







Ministério da Educação

Imagem: iphonedevelopmenttalk.com


O Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Especial, disponibiliza publicações que abordam saberes e práticas inclusivas. Vale a pena conferir os textos que servem como referência não só para educadores, mas também para pais e interessados em educação especial. Abaixo os links de algumas destas publicações: